Começa hoje em Brasília a 8ª edição Expocatadores

Catadores e catadoras de todo o Brasil e da América Latina estão participando da Expocatadores 2017. O evento, que já faz parte do calendário anual do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), está ocorrendo em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães CCUG, com entrada gratuita. Mais de mil catadores acompanharam a abertura do evento que contou com a presença de representantes do Distrito Federal, tais como a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, Câmera Legislativa e Defensoria Pública da União. Também estiveram presentes o presidente do CEMPRE - Compromisso Empresarial para Reciclagem, Diretor executivo da Abralatas e representante da Coalizão de Empresas do Setor de Embalagens, e Rede Latino - americana de Catadores.

Segundo Zilda Veloso, representante do Ministério do Meio Ambiente, os municípios ainda têm muita resistência para implementar o trabalho dos catadores. “Este momento da  Expocatadores é importante para pensar no futuro. A sociedade pode não reconhecer, mas sou testemunha e enfatizo o quanto é importante o trabalho de vocês para a Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Sonho que no futuro os catadores sejam efetivamente recicladores, transformando os materiais, e que possamos ser efetivamente o país da sustentabilidade a frente disso”, destacou.

Parceira e apoiadora do MNCR desde 2003, a Fundação Banco do Brasil foi representada pelo assessor Luiz Gonzaga, que destacou o programa Cataforte. “ Durante esses 14 anos, a Fundação tem como programa principal a execução do Cataforte, que está em sua terceira edição e apoia 33 redes  para a construção de um plano de negócios sustentáveis”, afirmou ao completar que este é um espaço de cobrança e tem que fazer valer a PNRS.

O fechamento definitivo do aterro controlado do Jóquei — mais conhecido como lixão da Estrutural foi um dos temas destacados na solenidade de abertura da oitava edição da Expocatadores. “A força de vocês é fundamental e tem uma representação importante. Precisamos de uma política de gente cuidando de gente. O fechamento de um lixão não pode ser apenas por causa de um contrato, pois os protagonistas do processo não podem ser prejudicados”, afirmou o representante da Câmara Legislativa, Gutemberg Gomes.

O crescimento da reciclagem no Brasil foi enfatizado pelo presidente do CEMPRE, Victor Bicca.” A coleta que vocês colocam na cadeia produtiva consegue ter um índice de 60% graças ao modelo da inclusão social. Esperamos que em breve possamos apresentar uma nova proposta e seguir um novo caminho”, disse.

“O modelo de política reversa não pode ser alterado por qualquer política governamental”, afirmou Renault Castro, diretor executivo da Abralatas e representante da Coalizão de Empresas do Setor de Embalagens, ao falar sobre a importância da união da categoria.

O representante do MNCR, Ronei Alves da Silva deu as boas- vindas aos participantes, e agradeceu a todos os parceiros que contribuíram para a realização do evento. Os mediadores da mesa foram o presidente da ANCAT – Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis, Roberto Rocha e Claudete da Costa, da Comissão Nacional do MNCR.